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Fotos de Concerto de obras para violão

Teresinha Prada comenta sobre seu livro
 e estréia obras que fazem parte da coletânea em CD de obras para violão



 



Estréia de Tetragrammaton XV (Roberto Victorio)

Registro documental



Estréia da obra
Tetragrammaton XV
concerto para violão e orquestra de câmara
de Roberto Victorio


Núcleo de Estudos de Composição e Interpretação da Música Contemporânea
Universidade Federal de Mato Grosso

Teresinha Prada (violão solista)
Nova Camerata de Cuiabá
Murilo Alves (regência)

Cuiabá, novembro de 2010


Compositora Matogrossense recebe Premio de Música da Funarte



Bienal de Música Contemporânea
do Rio de Janeiro
Foi publicado, nesta quarta-feira (17/11), no Diário Oficial da União, o resultado do Prêmio Funarte de Composição Clássica. Das 384 obras inscritas, 59 foram selecionadas para serem executadas durante a 19ª Bienal de Música Brasileira Contemporânea. Considerada a mais importante mostra de música erudita do país, a Bienal será realizada no segundo semestre de 2011. Entre as músicas selecionadas está "Locus", composição eletroacústica da compositora Cristina Dignart (professora do curso de licenciatura em Música e integrante do NECIMC/UFMT).



Cristina Dignart dedica-se à composição eletroacústica, tendo obras suas apresentadas nos eventos mais significativos do cenário nacional. Teve aula de composição com Roberto Victorio durante sua graduação na UFMT, onde passou a ser sua colega docente no curso de Música. É Mestre em Composição e Novas Tecnologias pela Universidade Federal de Goiás sob a orientação de Anselmo Guerra. Em 2007 teve sua obra "Metagestos" estreada na XVII edição da Bienal de Música do Rio de Janeiro; em 2010 "Limiares" (para dança e suporte fixo em quatro canais) na IV Bienal de Música de Mato Grosso e "Fronteiras", executada durante o Festival Música Viva em Portugal; recentemente teve sua obra mista "Linhas Híbridas" gravada em CD pela violonista Teresinha Prada. É membro do Núcleo de Estudos de Composição e Interpretação da Música Contemporânea e atualmente leciona como Professora efetiva no Departamento de Artes da UFMT.


O Prêmio Funarte de Composição Clássica contemplará oito obras para orquestra sinfônica, seis obras para orquestra de câmara, seis obras para orquestra de cordas, 16 obras para conjuntos de câmara de quatro a dez instrumentos, 15 obras para solistas, duos e trios e 8 obras de música eletroacústica. 
A comissão de seleção foi composta por Antonio Ribeiro, Flavio Oliveira, Ilza Nogueira, José Augusto Mannis, Paulo Costa Lima, Roberto Duarte e Vânia Dantas Leite. 


ENCOMENDAS DE OBRAS

Além dos 59 compositores premiados pelo concurso, outros 16 compositores receberam da Funarte encomenda para composição de obra destinada a conjunto de quatro a dez músicos, a ser estreada, também, na próxima Bienal de Música Brasileira Contemporânea. Esses compositores foram escolhidos em função de haverem participado de 14 ou mais Bienais, a saber: Almeida Prado, Ernst Mahle, Gilberto Mendes, Guilherme Bauer, H. D. Korenchendler, Jocy de Oliveira, Jorge Antunes, Mario Ficarelli, Marisa Rezende, Murillo Santos, Nestor de Hollanda Cavalcanti, Raul do Valle, Ricardo Tacuchian, Roberto Victorio, Ronaldo Miranda, Tim Rescala.

Pela primeira vez, todas as obras a serem apresentadas na próxima Bienal, que será a décima-nona, resultarão de encomenda, direta ou indireta (mediante concurso) feita pela Funarte.


Veja a relação de contemplados: Prêmio Composição Clássica 2010

Obras para Violão de compositores de Mato Grosso




Concerto de lançamento do CD

Música Contemporânea
Compositores de Mato Grosso
Obras para Violão
por Teresinha Prada



No primeiro semestre de 2009, um grupo de alunos e professores, todos compositores, convivendo ao redor de atividades e interesses em comum, como a Bienal de Música Brasileira Contemporânea de Mato Grosso, me deu a certeza de que era chegada a hora de, como intérprete, contribuir para a visibilidade de uma produção de alto nível e que, por sua diversidade, reunia o local e o universal em suas características. A música do presente CD pode ser ouvida em qualquer parte do mundo por pertencer à Arte Contemporânea e ainda carregar consigo a força dessas paragens: Mato Grosso - impossível ficar indiferente a essa terra vermelha sob um céu azul.

Todos os autores se relacionam com Mato Grosso, aqui estão ou sempre voltam pra cá; grande parte não nasceu aqui, mas teve seu encontro com Cuiabá, como eu mesma, descobrindo um espaço para atuar. Todas as peças foram dedicadas a mim.

Teresinha Prada




Lançamento: novo livro de Teresinha Prada




Gilberto Mendes:
Vanguarda e Utopia nos Mares do Sul

de Teresinha Prada


O novo título da professora Dra. Teresinha Prada lançado pela Editora Terceira Margem é baseado em sua tese de doutoramento pela Universidade de São Paulo, oferece ao leitor um panorama abrangente dos cruzamentos entre música erudita e política principalmente nos anos 70, tendo como referência a figura do compositor Gilberto Mendes.


LANÇAMENTO DO LIVRO:

em Cuiabá dia 23 de novembro
(na UFMT - auditório do IL)

em São Paulo, dia 9 de dezembro (Livraria da Vila, em Moema)




“... uma vez refeito o homem, refrescado o espírito, uma vez surgida uma nova vida de afetos, uma coletividade em comunhão, surgirá então uma nova música”.

A expressão “HOMEM NOVO, MÚSICA NOVA”, título do texto anterior escrito por Gilberto Mendes, em adaptação de um pensamento de Antonio Gramsci, esteve presente nos programas oficiais do Festival Música Nova ao longo de toda a década de 80. Marcou firmemente a posição ideológica do compositor durante os anos de luta pelo retorno do Brasil à democracia, ao voto direto para presidente, a uma nova Constituição.

É uma entre muitas evidências do engajamento político que sempre guiou parte substancial da nossa criação musical erudita. Uma produção de efeito discreto, se comparada ao impacto massivo das canções populares de protesto. Elaborada em níveis mais complexos de linguagem, e menos dependente de textos verbais para expressar sua ideologia, quase nunca teve acesso à mídia de massa, e raramente chegou ao conhecimento amplo do povo. Mesmo assim, sempre foi igualmente alvo de observação, vigilância e repressão, na medida em que se dirigia a um público de lideranças intelectuais.

Essa realidade pouco divulgada começa a emergir do desconhecido com este livro escrito pela musicista e historiadora Teresinha Prada. Baseado em sua tese de doutoramento pela Universidade de São Paulo, oferece ao leitor um panorama abrangente dos cruzamentos entre música erudita e política principalmente nos anos 70, tendo como referência a figura do compositor Gilberto Mendes, idealizador do Festival Música Nova, evento mais significativo da música brasileira de concerto.

Da mesma forma que fez sua opção artística pela música erudita a partir do instrumento dominante na música popular brasileira, o violão, a autora coerentemente foi explorar na música política, campo dominado pelas criações populares, o espaço histórico que cabe aos compositores eruditos. Uma valorosa empreitada de esforço científico e resgate cultural, recuperação valiosa para a historiografia da música brasileira.

Gil Nuno Vaz
Compositor, musicólogo e poeta